The Grinch
(farsa,
USA, 2018),
de Scott Mosier
e Yarrow Cheney.
por Paulo Ayres
Se a farsa live-action estrelada por Jim Carrey — How the Grinch Stole Christmas (2000) — tem a marca visual do estúdio, do espaço estrito e escuro, do peso da maquiagem (chamativa, mas torturante para o ator), a animação farsesca The Grinch serve para a comparação e admirar a exploração espacial que um desenho permite. É até irônico dizer isso, mas nessa adaptação sim temos uma iluminação “natural” e, também, uma encenação um pouco mais humanizada, inclusive a do cachorro.
Quem diria, a cidadezinha de Whoville tem um vasto céu azul durante o dia! Os movimentos dinâmicos da imagem nos transportam para uma sensação urbano-arquitetônica, para determinada flora e fauna, para um horizonte no campo de visão. Escandalosa, mas essa neve é mais neve, pois a da sátira edificante anterior também é artificial. A farsa física de Scott Mosier e Yarrow Cheney nos lembra que certos projetos parecem que foram feitos para serem desenhados, seja em quadrinhos ou animação. O nome da produtora até indica um ponto positivo, Illumination, embora também signifique o habitual ofuscamento moralista.
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