Evolution
(comédia,
(comédia,
USA, 2001),
de Ivan Reitman.
de Ivan Reitman.
por Paulo Ayres
Dirigindo os dois primeiros Ghostbusters (1984–1989), Ivan Reitman comandou um enredo que tinha um verniz científico falando de entidades do além, ou, mais precisamente, um verniz pseudocientífico, ao partir de uma base da parapsicologia. Independente disso, aquele universo é de ficção de fantasia. Com Evolution, o cineasta pôde fazer uma espécie de versão biológica do seu filme de maior sucesso, ou seja, no terreno da ficção científica — embora alguém possa dizer que ufologia e similares são pseudociências, no campo ficcional, quando não recorrem à magia, estão no subgênero temático da ficção espacial.
Ou será que Evolution se trata de uma eco-fiction? A vida alienígena que chega à Terra num meteoro começa como microrganismos e passa por sucessivas transformações e ramificações adaptativas de maneira extremamente veloz. Os diversos seres bióticos são terráqueos, então? Tabelando assim os gêneros temáticos, nota-se que a sátira edificante de Reitman revela como a composição ficcional não é rígida, é atravessada por elementos que cruzam fronteiras, mas, ainda assim, podemos detectar o seu momento predominante. No caso, o que toma forma é uma space comedy sobre uma inusitada invasão alien, em que não há vida inteligente no invasor, mas quase: o processo evolutivo é interrompido quando está prestes a criar um ser social. Na própria trama, aliás, a busca por classificação aparece como solução ao recorrer a uma camiseta com a tabela periódica dos elementos químicos.
Quanto às personagens, há uma fauna universitária e governamental. O deboche comediesco inclui o espírito militar dos estadunidenses. E, tal como o Winston Zeddemore (Ernie Hudson) nos filmes sobre assombrações, há uma figura proletária em Wayne Grey, feito por Seann William Scott. É ele que molda a estética laboral de “dedetizadores”, “encanadores”, como a dos caça-fantasmas, na referência direta aos bombeiros, durante a parte final de Evolution. Um tipo de gancho que, com exceção da uma curta série animada (2001–2002), não gerou continuações. Uma evolução que não passou da fase anal.
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Lista de sci-fi comedy no subgênero space fiction:
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