Comédia de José Eduardo Belmonte, Billi Pig tem um enredo voltado à espera de um milagre. Entre uma corretora de seguros e uma funerária, o que movimenta mesmo os acontecimentos é algo que transcende esses espaços.
O Rio de Janeiro de Billi Pig oferece três atos musicais. Um deles bem ao estilo clássico da ficção mágica em que há uma suspensão da narrativa para a coreografia de todos do cenário. O momento com a canção “Menina do Subúrbio”, no entanto, é apenas um de um conjunto de magia. Há até fantasmas na trama, como a mãe do Padre Roberval (Milton Gonçalves). São detalhes perto da posição central do boneco de porco falante que só é ouvido por Marivalda (Grazi Massafera). Justamente ela que sonha em ser atriz, como diz a canção mencionada.
Billi Pig é uma sátira edificante que segue Wanderlei (Selton Mello), um malandro do bem, na sua tentativa de dar o luxo para a mulher. Belmonte, nesse sentido, criou uma cidade em que a mesmice oferece maravilhas de forma discreta. Um filme que ostenta nos detalhes da trama.
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